Pecuária intensiva: o que é e qual é a sua pegada de carbono
O objetivo principal da pecuária intensiva é maximizar a produção para atender à crescente demanda por proteína animal da população.
Neste artigo, Cocampo explica o que é a pecuária intensiva e como afeta o meio ambiente.
Índice de conteúdos
O que é a pecuária intensiva?
A pecuária intensiva é um método de criação de animais no qual se utiliza que ao máximo o espaço disponível, mantendo um elevado número de animais que recebem rações concentradas para promover um crescimento acelerado. O objetivo principal desse modelo é maximizar a produção.
São aplicadas técnicas como a inseminação artificial e outras tecnologias avançadas para otimizar a reprodução e aumentar a eficiência.
No entanto, esse sistema enfrenta críticas relacionadas à grande quantidade de resíduos e emissões gerados pelos animais.
Impacto ambiental da pecuária intensiva
A poluição associada a este tipo de pecuária provém principalmente das emissões de gases de efeito estufa, do elevado consumo de água e da produção de resíduos orgânicos.
A maior preocupação ambiental está relacionada com os gases de efeito estufa, em particular o metano e o óxido nitroso. O metano é liberado em grandes quantidades como subproduto durante a digestão dos ruminantes. Embora seja um processo natural, contribui para as emissões globais de gases de efeito estufa do setor pecuário.
Por sua vez, o óxido nitroso origina-se da decomposição dos resíduos orgânicos e do uso de fertilizantes nitrogenados.
Ambos os gases têm um impacto considerável no aquecimento global, pois retêm calor na atmosfera e agravam as mudanças climáticas.
Qual é a pegada de carbono do gado?
A pegada de carbono do gado diz respeito à emissão de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, ao longo de seu ciclo de vida.
Esse impacto é considerável devido ao elevado número de animais criados globalmente para a produção de carne, leite e outros produtos.
A grande concentração de gado em sistemas intensivos e a necessidade de grandes quantidades de ração e manejo intensivo aumentam significativamente as emissões de gases de efeito estufa. Esses gases não só contribuem para o aquecimento global, mas também têm implicações para a qualidade do ar e para a saúde ambiental.
Diferenças entre pecuária intensiva e extensiva
A pecuária intensiva e a pecuária extensiva são dois modelos distintos de criação de animais, cada um com suas características. Estas apresentam diferenças em termos de espaço, alimentação, uso de tecnologia e impacto ambiental.
Na pecuária extensiva, os animais têm acesso a grandes áreas de pastagem, enquanto que, na intensiva, os animais são criados em espaços reduzidos e confinados.
Em relação à alimentação, na extensiva, os animais são alimentados principalmente com pasto e forragens, com um manejo alimentar menos controlado do que na pecuária intensiva.
Relativamente ao uso de tecnologia, a pecuária intensiva utiliza tecnologias avançadas para melhorar a eficiência reprodutiva e o manejo dos animais. A extensiva tem um manejo geralmente mais tradicional e baseado em práticas de pastoreio.
Por fim, o impacto ambiental em termos de emissões de gases de efeito estufa tende a ser maior na intensiva do que na extensiva.
Conclusão
A pecuária intensiva mudou o setor pecuário em Portugal, proporcionando uma maior eficiência e rentabilidade económica. No entanto, também contribuiu para um aumento na pegada de carbono do país.
É fundamental encontrar uma abordagem equilibrada que considere tanto a produtividade quanto a proteção ambiental, para que se possa avançar em direção a um sistema alimentar mais sustentável e rentável.
Pode te interessar
Esta nota contém:
Pode interessar-lhe...